sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRANORTE FIRMAM CONVENIO COM FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS
O
estudante de Engenharia ambiental e sanitária Guilherme Bandeira firmou um
convenio com a faculdade católica do Tocantins e a prefeitura municipal de
Miranorte Sob a supervisão de Carlos José Ferreira responsável pela direção
ambiental, para capacitação de estagiários da instituição abrindo portas para acadêmicos
tendo a honra de ser o primeiro estagiário do município com uma tomada de
decisão muito importante para universitários
Podemos
afirmar que o estudante Guilherme Bandeira é filho de família tradicional da
nossa Miranorte um jovem com compromisso e responsável sempre tem demostrado
determinação, dedicação, eficiência, dinâmica, e conhecimentos técnicos em seus
estágios onde nós da secretaria municipal de meio ambiente temos um parceiro de
atividades desenvolvidas neste ano de 2017, lembrando que já temos desenvolvido
projetos que esta ao encontro as necessidades de nossa cidade e ao meio
ambiente.
´´O
estágio é uma grande oportunidade de complementar e aperfeiçoar a formação
acadêmica, experiências profissionais e pessoais. Além de possibilitar uma
primeira experiência profissional, temos a oportunidade de vivenciar o
dia-a-dia do trabalho no setor, aumentar a nossa rede de contatos e adquirirmos
uma preparação para o futuro mercado de trabalho´´, disse o Guilherme.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura, indústria e Comercio Realizam atividade de coletas de resíduos sólidos em nascente do Rio Providência
Secretaria Municipal de Meio ambiente de Miranorte Realizou
uma visita de rotina e em loco e constatou diversos materiais inadequado no seu
leito no Rio providência em uma nascente do referido rio,
Na oportunidade os servidores Carlos José e Pedro Nogueira, da
secretaria municipal de meio ambiente, e o voluntario senhor José Raimundo qual
teve iniciou uma ação que foi efetuada
uma limpeza no corpo hídrico qual retiramos pneus velhos, garrafas pet, frascos
de plásticos, sacolas plásticas, latas de cervejas, panos e toalhas velhas, e outros logo após o recolhimento dos referidos materiais
foi dado destino correto para o descarte dos mesmo.
As visitas de rotinas têm objetivos e parte do
projeto de recuperação de nascentes e afluentes do rio Providência, sabendo que
alem da conscientização sobre a fundamental importância da preservação e
cuidados necessários que devemos ter com
as nascentes, matas ciliares, rios, córregos, lagos e corpos hídricos temos
também de estarmos educados ambientalmente para não fazer e nem contribuir com
atividades que levam a destruição do meio natural
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Educandário Evangélico de Miranorte Recebeu Oficina pedagógica e palestra educativa sobre qualidade da água e Educação Ambiental sanitária em resíduos sólidos, Com o gestor ambiental Carlos José atendendo um convite da Professora Michele e professor Célio Cota
Cuidar do que é meu.
Meio ambiente é o conjunto de todas as coisas vivas e não vivas da terra. Para que vivamos bem, precisamos que o mesmo esteja em equilíbrio, que tenha agua limpa para beber, ar puro para respirar e terra boa para plantar e obter alimento. Mas, infelizmente estamos transformando-o, conforme nossas necessidades e ganancia, o que muitas vezes provoca o desequilíbrio e destruição do meio ambiente.
Mesmo com apenas 3% de agua doce no mundo, a maioria das pessoas acredita que este é um recurso infinito. No Brasil, o esgoto de 45% da população não recebe nenhum tipo de tratamento, ou seja, é despejado diretamente na natureza, poluindo rios e aumentando o índice de contaminação por doenças, sendo este o fator que mais mata no mundo. Assim também acontece com a poluição do ar. Quem mora longe dos grandes centros urbanos não percebe tanto os efeitos, mas segundo a Organização Mundial da Saúde, este tipo de poluição mata mais crianças no Brasil do que em outros países do mundo. Isso se deve às indústrias, queimadas e aos gases provenientes dos meios de transporte movidos a combustíveis fosseis. Esse “egoísmo” do ser humano esta prejudicando também outros seres vivos; animais estão ameaçados de extinção e arvores já não suportam tanto agrotóxicos e morrem. Temas como aquecimento global e efeito estufa estão constantemente nos noticiários do mundo inteiro. Ate que ponto vale a pena destruir o ambiente em que vivemos?
Sustentabilidade é a palavra chave. Criar soluções para viver em harmonia com o meio ambiente é o primeiro passo para uma vida melhor. “... não desperdiçar os elementos porque no futuro tudo aquilo que foi jogado fora pode servir.” (Maria Roberta) Levando em conta os conceitos da politica dos 5 R’s, (repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar) que enfatiza o melhor aproveitamento dos resíduos, podemos iniciar uma mudança nos hábitos do dia a dia. Pensando nisso, a equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através do senhor Carlos José Ferreira, realizou uma palestra para os alunos dos 6º anos do Educandário Evangélico de Miranorte, com o objetivo de enfatizar o conhecimento adquirido em sala de aula sobre a poluição da agua e aprender novas técnicas de aproveitamento e reciclagem de pneus. “Achei muito legal, com ela eu descobri que podemos transformar lixo em coisas uteis e ainda cuidar do meio ambiente.”(Lara Rege) Os objetos confeccionados ficaram na escola e serão utilizados por todos os alunos como forma de evidenciar o respeito e a importância ao meio ambiente.
Contudo, não devemos esperar que situações extremas nos atinjam para colocar em pratica ações em prol do meio ambiente. Atitudes preventivas e a conscientização, principalmente dos jovens, renovam a esperança da construção de um futuro melhor para o ambiente em que vivemos. “Aprendemos varias coisas sobre a agua e a não poluir e também como reutilizar o lixo.”(Marie Caroline) Vamos colocar mãos a obra, pequenas atitudes parecem insignificantes para o mundo, mas podem fazer a diferença para o lugar que vivemos e amamos.
Opinião dos alunos:
“Com essa aula de hoje aprendemos que o lixo pode ser reutilizado para criar coisas lindas e legais.’(Bianca)
“Podemos reutilizar varia coisas que nem prestamos atenção e que podem servir como vasos de flor.”(Ana Lívia)
“Podemos transformar coisas inúteis em coisas legais.”(Clara Melissa)
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
A Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos
Hídricos, Meio ambiente e turismo. Realiza o I Fórum Ambiental Ipueiras – Tocantins
Realizou-se no dia 10 de Novembro de 2017 no centro de convenções João de Sousa na Cidade
Ipueiras – Tocantins,
I Fórum Ambiental tivemos a abertura com as
boas vindas pelo senhor Melquides Secretario de meio ambiente saudou toda população estudantes professores
autoridades servidores públicos e
sociedade organizada civil e secretários municipais presentes. Frisou que o
Senhor Prefeito Caio Augusto tem lutado
e trabalhado com determinação e que conta com toda esforço da população para
preservar de forma equilibrada onde possamos
usufruir do meio ambiente, mas temos que esta atendo a consciência ambiental,
aconteceu palestras apresentações do grupo da terceira idade Oficinas
Exposições de Objetos feitos com Pneus velhos e garrafas Pet, Plantios de mudas
de árvores nativas. O tecnólogo em gestão ambiental Carlos José fez sua
participação com duas oficinas sendo uma como fazer vassouras de garrafas pet,
e outra com pneus velhos onde confeccionou vasos, xícaras, chaleiras e outros, Resultando
a importância de Educação Ambiental para todos os participantes onde alunos da
rede pública teve sua participação fundamental estudantes do povoado são
Francisco também mostraram sua habilidade na Participação pintando e
confeccionando sua peças
o senhor Melquides Sousa secretario de Meio ambiente imbuído pela
emoção da participação popular convidou a todos para realizar o plantio de
mudas de Ipês na rua sete em toda sua extensão. Podemos afirmar que com o tempo
propicio a período chuvoso tanto o fórum quanto o plantio foi sucesso e que a
cidade teve uma oportunidade impar.
Ipueiras é um município brasileiro do estado do
Tocantins. Localiza-se a uma latitude 11º14'19" sul e a uma longitude
48º27'48" oeste, estando a uma altitude de 237 metros, com Área: 815,2 km² Prefeito Caio Augusto tendo seu Aniversário de emacipação 19 de dezembro faz parte Região metropolitana: Palmas, os habitantes chamam Ipueirense, limita –se
com os municípios de brejinho de Nazaré, Santa Rosa do Tocantins, Silvanópolis,
podemos relatar que o referido Município está 59 km sul oeste de porto Nacional
sendo a Maior cidade nos arredores. Ipueiras é uma cidade as margens do rio Tocantins
com sua praia e belezas naturais e orgulham os moradores com seus morros e
vales montanhas. Onde a população intitulou aqui sou mais feliz.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, E RURALTINS REALIZA ATIVIDADE EM GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA COMUNIDADE ESTUDANTIL DA ZONA RURAL.
Nesta manhã de 30 de
Outubro de 2017 na escola municipal de tempo integral são José região dois
riachos foi realizado uma ação educativa
sobre o lixo, e seus resíduos intitulada de campanha ecológica e
preservação ambiental do meio ambiente, na oportunidade O Tecnologo em gestão
Ambiental Sr. Carlos José Ferreira com e Senhora Edinilva Cristina H. de L.
Andrade Extencionista Rural Ministrarão uma
palestra com oficina de confecção de vassouras feitas de garrafas pet, e vasos
feitos de pneus usados para alunos do 6° ano ao 9°ano e servidores da
referida escola. Lembrando que a
secretaria municipal de meio ambiente, agricultura, indústria e comercio de
Miranorte e o Ruraltins Escritório local de Miranorte vem trabalhando em
parceria no que tange ao meio ambiente e
desenvolvimento sustentável para gerações presente, e futuras para que todos
tenha direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrados.
Podemos afirmar que a
Secretaria municipal de Meio Ambiente de Miranorte tem demonstrado preocupação
referentes a gestão de resíduos sólidos
O que é lixo:
Talvez você nunca tenha
se preocupado com esse assunto, pois o que realmente preocupa boa parte das
pessoas é apenas tira-lo de dentro de casa. Fora de vista, ninguém mais pensa
nele e o problema já esta resolvido será?
Qualquer material sem
valor ou utilidade, ou detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais
etc. que se joga fora, tudo o que se retira de um lugar para deixá-lo limpo.
Lixo, de quem é responsabilidade de todos nós!:
O lixo é um problema
ambiental, e todos nós somos responsáveis; o trabalhador, o pai de família, o
cidadão comum, o industrial, o comerciante e os representantes do poder público
sabendo que seja qual for o nível de gestão do lixo exige conhecimentos,
comprometimentos e mudanças de atitudes
A responsabilidade pelos
resíduos sólidos que são descartados incorretamente é um tema polêmico.,
especialista em Direito Ambiental, a responsabilidade do lixo é de todos, tanto dos fabricantes que produzem e usam as embalagens,
quanto dos consumidores que as adquirem.
O que podemos Fazer para diminuir
os Problemas causados pelo Lixo?
1 - Planeje bem suas as compras. Compre a quantidade de
alimento necessária para o consumo, observe a data de vencimento, cozinhe o que
será consumido. Isso evita o desperdício e reduz a geração de resíduos;
2 - Utilize a impressora apenas quando for necessário e use os dois lados do papel.
3 - Na medida do possível, substitua os copos descartáveis;
4 - Escolha produtos com menos embalagens. Prefira produtos a granel para evitar potes e recipientes desnecessários. Evite produtos embalados individualmente, pois produzem mais resíduos. Compre produtos não descartáveis e que possuam refil;
5 - Dê preferência às embalagens retornáveis. “Quando jogamos alguma coisa fora, não estamos nos livrando de um pequeno resíduo, mas aumentando o problema da poluição”, alerta o secretário. Utilize embalagens de bebidas retornáveis, assim evitará que uma quantidade de lixo seja gerada desnecessariamente;
6 - Prefira sacolas retornáveis para carregar suas compras, evitando as embalagens plásticas descartáveis;
7 - Boa parte das embalagens e outros produtos que se adquire podem ser reutilizados para fins úteis, transformando-se em potes para guardar mantimentos, decoração e embalagens de presente. Basta usar a criatividade;
8 - Roupas e sapatos em bom estado podem ser doados ou reutilizados, modificando sua aparência ou finalidade;
9 - Busque alternativas para reduzir o peso de seu lixo. Retirar o líquido presente nas embalagens é fundamental, pois boa parte do resíduo recolhido pelos caminhões é água. As cascas de alimentos e o pó de café, por exemplo, podem ser reutilizados como adubo para vasos e jardins;
10 - Outra dica para reduzir o volume do lixo doméstico é preferir embalagens que possam ser compactadas. Desmontar caixas longa vida e de papelão e comprimir as embalagens sempre que possível é uma maneira de aumentar a capacidade de cada caminhão. Muitas vezes, um caminhão de coleta que pode comportar seis toneladas, carrega apenas três toneladas;
11 - Apenas plásticos, vidros, metais e papéis devem ser descartados no Lixo que não é Lixo. É importante que estes resíduos sejam colocados para coleta no dia certo em que o caminhão passa naquela região. Caso contrário, será recolhido pela coleta de lixo orgânico, inutilizando o trabalho de separação.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
POSICIONAMENTO DO INSTITUTO
NACIONAL DE CÂNCER
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
ACERCA DOS AGROTÓXICOS
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde, tem como missão apoiar este Ministério
no desenvolvimento de ações integradas para prevenção e controle do câncer.
Entre elas, estão incluídas pesquisas sobre os potenciais efeitos mutagênicos e
carcinogênicos de substâncias e produtos utilizados pela população, bem como as
atividades de comunicação e mobilização para seu controle, em parceria com
outras instituições e representantes da sociedade.
O INCA, ao longo dos últimos anos, tem apoiado e
participado de diferentes movimentos e ações de enfrentamento aos agrotóxicos,
tais como a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o Fórum
Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos do Estado do Rio de Janeiro, o
Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) “Um alerta sobre os
impactos dos agrotóxicos na saúde”, a Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos
do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea e os
documentários “O Veneno Está na Mesa 1 e 2”, de Silvio Tendler.
Além disso, junto com outros setores do Ministério da
Saúde, incluiu o tema “agrotóxicos” no Plano de Ações Estratégicas de
Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis no Brasil (2011-2022). Em
2012, a Unidade Técnica de Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer e a
Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA organizaram o “I
Seminário Agrotóxico e Câncer”, em parceria com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse evento
reuniu profissionais da área da saúde, pesquisadores, agricultores
e consumidores para debater os riscos à
saúde humana decorrentes da exposição aos agrotóxicos, particularmente sua
relação com determinados tipos de câncer. E em 2013, em conjunto com a Fiocruz
e a Abrasco, assinou uma nota alertando sobre os perigos do mercado de
agrotóxicos.
Nesta perspectiva, o objetivo deste documento é
demarcar o posicionamento do INCA contra as atuais práticas de uso de
agrotóxicos no Brasil e ressaltar seus riscos à saúde, em especial nas causas
do câncer. Dessa forma, espera-se fortalecer iniciativas de regulação e
controle destas substâncias, além de incentivar alternativas agroecológicas
aqui apontadas como solução ao modelo agrícola dominante.
Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados
para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano. No Brasil, a venda de
agrotóxicos saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$7 bilhões entre 2001 e
2008, alcançando valores recordes de US$ 8,5 bilhões em 20111. Assim, já em
2009, alcançamos a indesejável posição de maior consumidor mundial de agrotóxicos,
ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas, o que equivale a um consumo
médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante 2.
1 Sindicato
Nacional da Indústria de Produtos para defesa agrícola – SINDAG, 2011
2 Londres, 2011
É importante destacar que a liberação do uso de
sementes transgênicas no Brasil foi uma das responsáveis por colocar o país no
primeiro lugar do ranking de consumo de agrotóxicos, uma vez que o cultivo
dessas sementes geneticamente modificadas exigem o uso de grandes quantidades
destes produtos.
O modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos
gera grandes malefícios, como poluição ambiental e intoxicação de trabalhadores
e da população em geral. As intoxicações agudas por agrotóxicos são as mais
conhecidas e afetam, principalmente, as pessoas expostas em seu ambiente de
trabalho (exposição ocupacional). São caracterizadas por efeitos como irritação
da pele e olhos, coceira,
cólicas, vômitos, diarreias, espasmos,
dificuldades respiratórias, convulsões e morte. Já as intoxicações crônicas
podem afetar toda a população, pois são decorrentes da exposição múltipla aos
agrotóxicos, isto é, da presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no
ambiente, geralmente em doses baixas. Os efeitos adversos decorrentes da exposição
crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição,
dificultando a correlação com o agente. Dentre os efeitos associados à
exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados
infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação
hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.
Os últimos resultados do Programa de Análise de
Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa revelaram amostras com resíduos de
agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido e com a presença de
substâncias químicas não autorizadas para o alimento pesquisado. Além disso,
também constataram a existência de agrotóxicos em processo de banimento pela
Anvisa ou que nunca tiveram registro no Brasil.
Vale ressaltar que a presença de resíduos de
agrotóxicos não ocorre apenas em alimentos in natura, mas também em
muitos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos,
salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm como ingredientes
o trigo, o milho e a soja, por exemplo. Ainda podem estar presentes nas carnes
e leites de animais que se alimentam de ração com traços de agrotóxicos, devido
ao processo de bioacumulação. Portanto, a preocupação com os agrotóxicos não
pode significar a redução do consumo de frutas, legumes e verduras, que são
alimentos fundamentais em uma alimentação saudável e de grande importância na
prevenção do câncer. O foco essencial está no combate ao uso dos agrotóxicos,
que contamina todas as fontes de recursos vitais, incluindo alimentos, solos,
águas, leite materno e ar. Ademais, modos de cultivo livres do uso de
agrotóxicos produzem frutas,
legumes, verduras e leguminosas, como os
feijões, com maior potencial anticancerígeno.
Outras questões merecem destaque devido ao grande
impacto que representam. Uma delas é o fato do Brasil ainda realizar
pulverizações aéreas de agrotóxicos, que ocasionam dispersão destas substâncias
pelo ambiente, contaminando amplas áreas e atingindo populações. A outra é a isenção
de impostos que o país continua a conceder à indústria produtora de
agrotóxicos, um grande incentivo ao seu fortalecimento, que vai na contramão
das medidas protetoras aqui recomendadas. E ainda, o fato de o Brasil permitir
o uso de agrotóxicos já proibidos em outros países.
Ressalta-se que em março de 2015 a Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) publicou a Monografia da IARC volume
112, na qual, após a avaliação da carcinogenicidade de cinco ingredientes
ativos de agrotóxicos por uma equipe de pesquisadores de 11 países, incluindo o
Brasil, classificou o herbicida glifosato e os inseticidas malationa e
diazinona como prováveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2A) e os
inseticidas tetraclorvinfós e parationa como possíveis agentes carcinogênicos
para humanos (Grupo 2B). Destaca-se que a malationa e a diazinona e o glifosato
são autorizados e amplamente usados no Brasil, como inseticidas em campanhas de
saúde pública para o controle de vetores e na agricultura, respectivamente.
Além dos efeitos tóxicos evidentes descritos na
literatura científica nacional e internacional, as ações para o enfrentamento
do uso dos agrotóxicos têm como base o Direito Humano à Alimentação Adequada –
DHAA (previsto nos artigos 6º e 227º da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988), a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Decreto nº7.272, de 25/08/2010), a Política Nacional de Saúde Integral das
Populações do Campo e da Floresta - PNSIPCF (Portaria nº 2.866 de 02/12/2011), a
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da
Trabalhadora (Portaria nº 1.823, de
23/08/2012) e a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO
(Decreto nº 7.794, de 20/08/2012).
Considerando o atual cenário brasileiro, os estudos
científicos desenvolvidos até o presente momento e os marcos políticos
existentes para o enfrentamento do uso dos agrotóxicos, o Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) recomenda o uso do Princípio da
Precaução e o estabelecimento de ações que visem à redução progressiva e
sustentada do uso de agrotóxicos, como previsto no Programa Nacional para
Redução do uso de Agrotóxicos (Pronara).
Em substituição ao modelo dominante, o INCA apoia a
produção de base agroecológica em acordo com a Política Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica. Este modelo otimiza a integração entre
capacidade produtiva, uso e conservação da biodiversidade e dos demais recursos
naturais essenciais à vida. Além de ser uma alternativa para a produção de
alimentos livres de agrotóxicos, tem como base o equilíbrio ecológico, a
eficiência econômica e a justiça social, fortalecendo agricultores e protegendo
o meio ambiente e a sociedade.
A elaboração e a divulgação deste
documento têm como objetivo contribuir para o papel do INCA de produzir e
disseminar conhecimento que auxilie na redução da incidência e mortalidade por
câncer no Brasil.
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